Após um ano e alguns meses retomo este humilde blog. Uma das metas para este ano novo é o de ter um texto publicado a cada dia deste ano de 2017.Bom, escrevo para minha terapia e prazer pessoal de refletir sobre a política, educação, sindicalismo e cidadania.
Neste primeiro post, irei fazer uma análise sobre o tumultuado ano de 2016, claro que não é um texto do brilhantismo de um Mendes Ribeiro, Milton Cardoso, Juremir Machado entre outros... são impressões somente. Impressões de quem teve um ano no âmbito pessoal tão tumultuado tanto quanto no cenário político nacional e estadual, guardadas às devidas proporções.
Com certeza 2016 não deixa saudades... No âmbito nacional, o que podemos comemorar é a Operação Lava Jato que está expondo às vísceras da corrupção brasileira. Crise política, econômica e social. O caos tomou conta, paralisou as nossas mentes, estamos numa das piores crises de todos os tempos. saí Dilma e entra Temer e o Brasil "continua sendo um navio perdido em alto mar e sem bússola e comandante", como define o jornalista Milton Cardoso.
A crise política brasileira tem ao meu ver três razões fundamentais:
1º O comodismo travestido de sermos "um povo pacífico" que usa-se do individualismo e da histórica apropriação do público em nome de interesses escusos. Desde a compra de votos, a aceitação de que político rouba mesmo;
2º A delegação da resolução dos problemas à classe política, a total falta de formação política que alimenta esta corja de salafrários, fisiológicos, sanguessugas. Ou fiscalizemos a classe política ou eles irão continuar ter o mesmo comportamento de sempre. Se é uma coisa que não faço mais é bajular político! Temos que parar de trata-los como "celebridades" e vê-los como cidadãos que devem atuar pelo povo simplesmente e
3ª Começar a ter uma auto-crítica perante os nossos atos, povo educado, politizado não legitima estes sujeitos que estão aí. Por isso eu reforço a campanha: não reeleja mais estes políticos, use da arma que temos o voto! Temos que dizer um não a grande maioria da bancada gaúcha no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa.
Governo Temer
Nunca esperei grande coisa desta continuidade do desgoverno Dilma. As reformas propostas por Temer são muitos tapas na cara do povo brasileiro. O sacrifício sendo sempre do povo, sem acabar com privilégios e gastanças desde o tal cartão corporativo, emendas parlamentares, privatização e entrega do bem público ao privado como o que está sendo proposto para as ineficientes operadoras do sistema de telecomunicações brasileira. O que esperar de um governo que é comandado pelos senhores Jucá e Padilha?
Governo Sartori
Com certeza que junto ao seu antecessor Sartori entrará como um dos piores governadores do RS. Hoje parte do magistério endeuza Tarso que junto com o atual governador nos afundou de vez na crise que nos torna cada vez mais decadentes. Os pacotes anti-crise de Sartori demonstram a incompetência e o predomínio de interesses privados no Estado. A extinção das fundações, o aumento do ICMS no pacote de 2015, a colocação de um leniente secretário da segurança fazem com que vivemos um período de grande depressão. Parcelamento de salários tornados como rotina, só aumentam a desesperança...
Finalizando
Falando em desesperança, é triste ter que escrever isso, mas a via sindical (CPERS) nunca esteve tão desacreditada. A gestão desastrosa de Helenir Aguiar que desagregou a categoria tem sido também a de perda de conquistas históricas, num discurso a serviço do PT e da CUT e não do coletivo. Resta a oração, o ato independente, menos o de servir de massa de manobra a uma instituição sindical comandada por uma leniente, burocrática e incoerente Direção Central.
2017 não será fácil, mas tem um fator positivo: o de ser o depurador de muita coisa. Que sejamos fortes