sábado, 24 de outubro de 2015

Uma Direção Sindical cada vez mais distante...



A cada dia que se passa, fica mais visível que a intenção da atual Direção Central do CPERS Sindicato é o distanciamento da base para com o Sindicato.  A manobra da vez, do grupo liderado por Helenir  foi da realização de um  Conselho Geral em Santa Maria. 

Mais uma vez, a voz da categoria foi silenciada pelo peleguismo da ARTSIND/CUT/PT/PCdoB. Fugindo dos companheiros independentes e de outras forças políticas, a DC faz um evento em Santa Maria, de um dia para o outro realiza um evento para decidir os rumos da categoria, 

A Base alijada das decisões, desrespeito à vontade da Assembleia Geral, ataques e ofensas a quem os questiona, esse é o jeito de dirigir o sindicato, colegas? 

Quem não apoia a esquizofrênica gestão de Helenir e seus aliados, o rótulo é o de "fascista", como a diretora Glaci Weber Medeiros chamou quem queria a continuação da greve no dia 11 de setembro.

Reproduzo a pauta publicada no site do CPERS Sindicato

1- Participar da Frente Brasil Popular;
2- Participar da Marcha da CNTE, dia 11 de novembro de 2015, em Brasília;
3- Participar da Marcha da Mulheres Negras, dia 18 de novembro de 2015, em Brasília;
4- Reforçar as Caravanas em Defesa da Educação Pública, respeitando a liberdade do Núcleo em definir a forma e a data;
5- Criar o Coletivo de Igualdade Racial e Combate ao Racismo;
6- Intensificar a ação em conjunto com o Movimento Unificado dos Servidores Estaduais sobre os deputados de cada região do Estado contra os ataques aos serviços e servidores públicos, mantendo a pressão contrária sobre a Assembleia Legislativa em relação aos projetos em tramitação e, com alerta máximo em Porto Alegre, quando houver a votação do PL 206;
7- Manifestar o posicionamento contrário a extinção da Educação Infantil nas Escolas Estaduais;
8- Realizar manifestação por escola/núcleo, no dia 28 de outubro, instituindo como Dia de Denúncia ao Reajuste Zero do governo Sartori;
9- Realizar Moção de Repúdio ao governador José Ivo Sartori e ao presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, em relação a agressão sofrida pelos educadores no dia 22 de setembro na Assembleia Legislativa;
10-  Marcar audiência com a direção do IPE exigindo o pleno atendimento.
Honestamente tem coisas muito interessantes, mas a forma arbitrária, a exclusão dos companheiros é inadmissível. Fazer um evento desses distante de Porto Alegre e na época em que estamos recuperando as aulas de greve, demonstra o caráter golpista desta Direção Central. 
A arrogância e o vitimismo pelas vaiais públicas, demonstram a demagogia e o seu único interesse. A conquista de cargos num "futuro governo do PT no RS". Isso não pode ser jamais esquecido pela categoria.
A   distancia com  a categoria é demonstrada por gestos como estes e tantos outros, como deixar companheiros no saguão do Assembleia Legislativa, sem pressionar o  ingresso de professores nas dependências da "Casa do Povo", isso sem falar  do tal Comando de Greve Unificado que ninguém sabe que faz parte.  Sobre a moção do dia 22, já passou quase um mês e agora é que falam em repúdio aos brigadianos que agrediram professores?  Só não vou rir, pro que uma direção como esta honestamente  em respeito aos colegas que estiveram na linha de frente, coisa que a Direção de Helenir  não tem com a categoria.. No momento que os membros da DC se eximiram e saíram de canto.  Alguns membros sabem é gritar em assembleias do sindicato, com os companheiros de outras forças, mas nunca estão na luta de verdade. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Navegar é preciso, preciso é navegar...


Se estamos vivendo em tempos de mudanças aceleradas e constantes, também é verdade que ainda temos em nós algumas resistências ao novo.  Como professor, percebo isso diretamente. Repensar as coisas dá trabalho e nos obriga a sairmos de nossas zonas de conforto. 

Talvez o primeiro obstáculo a ser ultrapassado contra o marasmo está aí. Mudar é preciso. Assim como os grandes navegadores que buscam novos rumos, novas terras e até mesmo novos contatos humanos.

A natureza nos dá prova de que é preciso renovar. Precisamos romper os nossos próprios paradigmas e "convicções" para alçarmos novas perspectivas de vida.

Buscamos as nossas respostas em nós mesmos?
O cotidiano entendiante é quem sabe o resultado de nossas visões míopes de que há uma centena de milhares de novas oportunidades. As vezes é difícil enxerga-las diante de tanta coisa que ao mesmo tempo nos chega e arrebata-nos nestes dias acelerados. 

O projeto Genoma conseguiu mapear a nossa genética, constatamos água em Marte, e tantos avanços que estão aí ao nosso alcance.  Talvez, seja preciso a busca de nós mesmos. Adentramos o baile das aparências e convenções sociais, mentimos pra nós mesmos, deixamos de lado o que é essencial pra nós mesmos. Perdemos tempo com tanta bobagem e futilidade....

Vivemos a Caverna preconizada por Platão na sua famosa parábola "O Mito da Caverna" na sua mais ampla concepção.  Presos em nossos falsos preceitos, em nossas justificativas, deixamos de fazer o bem, de sorrir e dar o conforto aos que mais precisam. Dizemos que estamos sozinhos e ocupados, queixamos quando não nos escutam, mas fingimos que ouvimos o outro, Talvez não ouvimos o nosso eu, o que Sócrates já preconizava há 4 mil anos atrás ,,, "Conhece-te a ti mesmo!" Referendado por Jesus Cristo há 2 mil anos...

Arrisco dizer que o elemento faltante de nossas relações neste tao tumultuado século XXI, é o diálogo somado a falta de objetividade em nossas vidas, Sem rumos, perdidos no mar de nossas próprias angustias, naufragamos no vazio existencial empurrados pelos ventos de nossos falsos preceitos, ilusões  e convicções. 

Podemos rumar pra outra direção?  Eis a pergunta que não responderei, Deixo a você que está lendo este simples post. 

domingo, 4 de outubro de 2015

Um adeus à Nicole Gomes



Escrever tem sido  a terapia na minha tentativa de exorcizar os meus fantasmas, os meus medos. Fiquei chocado, ao saber no sábado do falecimento de minha aluna Nicole Gomes. A ficha não caiu ainda...

Ainda estão vivas as lembranças de suas perguntas e seu jeito espontâneo de dizer as coisas. Nunca me esqueço quando passei trechos do livro "As Veias Abertas da América" de Eduardo Galeano, em que ela me disse "Sor nao entendi nada que li!" Era tão espontâneo que alegrava a turma. 

Aliás, ainda conversando com outra aluna daquela 207  que me foi tao linda e inesquecível. Uma turma que me deixou desenvolver a "História Problema", e Nicole sempre tomava a frente pra questionar tudo!

Num ano que tive prazer de lecionar História como nunca, três turmas que talvez jamais nunca mais terei como aquelas 206, 207 e 208 do Colégio Estadual Dr. Wolfram Merzler.

Dói muito perder... A saudade é como a ferrugem que no sereno das nossas tristezas nos corroem. 

Nicole, onde tu estiver no Plano Espiritual, que possas estar bem e consciente de que deixastes pessoas que sempre te admiraram pelo teu brilho,  Sem palavras a mais,


Noé Gomes