quinta-feira, 24 de setembro de 2015

As contradições da Direção Central do CPERS e o engodo de uma greve unificada



A cada dia que se passa mais evidente fica o quão foi danoso para a categoria o desrespeito à decisão da continuidade da greve na fatídica Assembleia de 11 de setembro 2015 no Pepsi On Stage. A decisão de Helenir desmantelou e criou para os colegas mais novos um sentimento de ilegitimidade do sindicato.

Vou morrer afirmando que a desmobilização da categoria é de responsabilidade desta Direção que escolheu seguir as "determinações" do Conselho Geral em detrimento da instancia maior de qualquer sindicato, que é a sua assembleia geral.

O Discurso de greve unificada cai por terra com os atos da Brigada Militar nesta terça-feira. Os mesmos que estavam unificados agora batem, jogam splay de pimenta e estão a serviço do Governo.  O Discurso da Direção Central mostra-se como  um grande engodo que foi visto pela própria categoria e agora os mesmos que manobraram para  extinguir o movimento, acusam de maneira irresponsável as demais forças políticas.

Não nos oposumemos a nenhum ato unificado, desde que seja respeitada a nossa autonomia! Isso não foi levada em conta pela Artisind/CUT/PT/PC do B. Chamam de greve, dias de paralisação e de forma equivocada deixaram o flanco para que os Deputados colocassem gradis em torno da Praça da Matriz e se exilassem para a aprovação do Pacote de Maldades de Sartori. Depois, protagonizou um dos mais lastimáveis eventos que eu vi em Porto Alegre, quando deputados de oposição foram para o caminhão de som, fazer proselitismos e discursos recheados de oportunismo, contrariando e revoltando-nos. Nós ali, com um gradil em frente à Assembleia, tomando chuva e ouvindo uma presidente fazendo uma assembleia pra decidir se apoiávamos ou não os pacotes de Sartori.
Acusam as demais de forças de desmobilizar o CPERS, quando sempre estiveram presentes em todos os atos. Senão fossem os independentes e demais correntes políticas, não teríamos conseguido adiar a votação dos projetos.

Lastimavelmente eu tenho que dizer isso, mas a gestão da professora Helenir tem se mostrado burocrática e tem impedido de a categoria de fato reagir contra este massacre que o governo do PMDB tem nos colocado.


Hoje, os novos filiados, estão deixando o sindicato. Resta aos mesmos a luta. Estamos cientes que lutamos contra Sartori e as forças políticas que estão atualmente na Direção Central do CPERS. Agora é hora de lutar pelo nosso sindicato, é hora de quem quer manter vivo esta entidade que tem 8 décadas de lutas, ser tomada pela sua base. Contra a burocracia sindical, mais democracia e respeito a vontade da maioria. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A grande sala dos espelhos


O que se se percebe quando se fala em escola pública, que ela sofre além das políticas de desmonte da educação promovidos pelos diferentes governos, que adentram todos os dias demandas que não são de nossa alçada direta, mas que afetam as nossas rotinas.
É a banalização da sexualidade, a desestrutura familiar, a violência, o consumo e venda de drogas e aí por diante. O que gera um ambiente desconfortável e desfavorável ao aprendizado.

Aliás o aprendizado tem sido renegado a último plano na Educação Pública Brasileira. Até quando isso vai ficar assim? Professores desmotivados, frustrados e depressivos. Quantos são os casos de profissionais da Educação Pública que são vítimas da depressão!

Isso sem falar dos alunos de inclusão, que em escolas que não tem nenhuma acessibilidade sofrem, sem contar dos inúmeros casos de Bullying que estes são vítimas de colegas de classe ou como já presenciei, a não aceitação deste aluno perante os demais.

Isso tudo são demandas que precisamos olhar e cobrar políticas públicas. Enquanto nós professores servimos de médicos, psicólogos e tudo menos sermos agentes de aprendizado, estaremos contribuindo para este caos. Nunca me esqueço de um ex-vice diretor que num momento de desabafo, nos disse “Enquanto quebrarmos o galho, as soluções serão empurradas pela barriga pelos governos”. 
Não estou propondo a insensibilidade diante das mazelas sociais e tudo ou mais que nos circunda, mas sim a cobrança de políticas que realmente atendam estas demandas, sem paliativos.

As escolas públicas precisam de um amparo psicológico aos grupos de docentes, de assistentes sociais, de policiamento e outros serviços públicos que as nossas instituições tanto precisam!
Não dá mais pra empurrar com a barriga! Sim sabemos que as escolas são reflexos de suas comunidades, elas nos servem de espelhos que refletem este caos, entretanto nós professores não podemos carregar estes fardos que de veras é muito pesado. Não basta a burocracia documentacional que nós docentes temos, ainda recaem em nossos ombros, estas demandas. Isso é o mito do professor herói, aquele que pensa ser o Salvador da Educação Brasileira. Claro que podemos mudar os nossos ambientes, mas sozinhos é como Dom Quixote de Cervantes, lutando contra os “moinhos”.

Precisamos de mais amparo de nossas comunidades e da sociedade e acabar com o processo de depósito de pessoas que muitas instituições viraram. Também é necessário, lutarmos contra o paternalismo do Sistema Estadual de Educação do RS, que terá em seguida os piores resultados, fruto de uma política que além de sucatear as escolas, também desampara-nos tanto em recursos como em legislação em muitos casos.


domingo, 20 de setembro de 2015

Espelho, espelho meu?


Na História de Branca de Neve, a Rainha ia em frente ao seu espelho mágico e uma voz forte lhe dizia que não havia outra mulher mais linda que ela. Até que um dia, a voz lhe disse “Sim há uma mulher mais bonita que a senhora, ela se chama Branca de Neve!”

O resto é de conhecimento de todos, e a Rainha se transforma em uma velhinha que oferece a jovem, uma maçã envenenada para mata-la. Parece banal, trivial e sem sentido tudo isso, se não buscarmos o real sentido que uma história de contos de fadas possui. Assim como as parábolas de Jesus, as fabulas de La Fontaine ou as de Esopo.

Somos a última espécie, humana, que dotamos a capacidade de abstrair e pensar. Portanto, somos mais evoluídos biologicamente em relação aos nossos ancestrais do Paleolítico, certo? Mas ainda não conseguimos entender os sinais que a vida nos mostra. Presos a caverna do individualismo, das falsidades e até mesmo da mediocridade, nos tornamos inaptos, insensíveis e até mesmo cruéis. Alimentamos a maldade, os preconceitos e consequentemente somos vítimas de nossos falsos valores.
Muitos erroneamente acreditam que o pensamento linear é o mais equilibrado. Apoiados em preceitos e preconceitos, mascaramos as nossas chagas, tal qual fez a Perpétua de Tieta.

Alguns dias atrás, fiz umas micagens em sala de aula tentando explicar o ciclo da evolução biológica e como os nossos ancestrais pré-históricos se alimentavam e viviam. Uma aluna pediu para gravar, e eu autorizei. Sabia que isso ia causar um frenesi em algumas pessoas de minha roda profissional e pessoal. Fiz para provocar, mesmo! Alguns vieram me debochar, outros com certeza fizeram o mesmo em seus redutos. "Todos estes que aí estão/Atravancando o meu caminho,/Eles passarão./Eu passarinho!"

A verdade é que os meus colegas, alunos e demais que me entendem por louco, não poderão jamais sentir é a satisfação do gosto de uma vitória ou até mesmo uma derrota, com o sentimento de “que eu tentei!” A incompreensão destes que se dizem serem certos, retos e lúcidos é no fundo a demonstração de suas impotências.

Honestamente, estes que me criticam por trás, que me rotularam e me rotularão não são mais que pedregulhos do marasmo, da zona de conforto e do padrão que endurece e torna o ser humano incapaz de ver além.  A genialidade, está não em se saber demais, mas como enxerga os fenômenos em nossa volta. Eistein, um dia foi chamado de incapaz, por ser esquisito e viver observando um ninho de formigas, Kant era mal visto pelos seus contemporâneos, por andar pensando em voz alta, Jesus foi desrespeitado e humilhado por dizer coisas que os doutores da religião judaica não queriam ouvir e tantos outros que com certeza estes que me condenam seriam ridicularizadores também. 

Aliás, o que não se entende se joga fora, se inutiliza. O tempo é o senhor da razão.

Não sou gênio, nem um ser de bondade e espiritualidade fora do normal, sou somente um rapaz latino americano, como diria Belchior, que tenta entender o que vê no seu espelho.


Aos que me condenam pela minha irreverência e espontaneidade, mais uma provocação. Será que aturariam as suas aulas?  Aos alunos que buscam no cinismo, a máscara de alívio dos embaraços, não se esqueçam que um dia esta mascara ou cai por força das leis da vida ou é arrancada por nós mesmos quando menos imaginamos. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O que é isso Helenir?


Uma presidente confusa e com uma fala difusa, essa é a definição que faço da professora Helenir Aguiar Schürer que está a frente da atual Direção Central  do CPERS Sindicato, que  propõe no plano externo uma "gestão moderada" em relação a sua antecessora. Mas que no convívio com ela é nítida a confusão de ideias suas que tem como consequência a desarticulação de um dos mais importantes sindicatos do Brasil. 

Honestamente, nunca vi uma presidente do CPERS ser tão contestada pelas diversas forças políticas que compõe o nosso sindicato. A sua corrente política ARTISIND/CUT/PT desmobilizou a categoria e foi desmoralizada quando na fatídica assembleia  do dia 11 de setembro, encerrou o evento, decretando o fim da greve naquele momento, o que gerou uma revolta cuja a origem está na forma atrapalhada e desrespeitosa para com os seus companheiros de sindicato, sendo que no meio da assembleia numa atitude deselegante disse "Vocês não parecem professores!" 

A tônica do discurso da ARTISIND/CUT/PT neste momento é acusar quem se posiciona contrariamente a esta gestão como o responsável pela desmobilização da categoria das demais correntes do sindicato. Em tom autoritário em sua página pessoal no Facebook, questiona: "Quem são esses que vaiam um dirigente sindical quando faz a primeira chamada da Assembléia? "  E eu respondo a presidente, que são trabalhadores em educação que como eu estão: cansados de manobras sindicais, de discursos vazios, que lhe vaiam na frente na tentativa de lhe mostrar que não é passando da vontade da maioria da Assembleia Geral que se faz sindicalismo. Esta "hostilidade" é fruto da forma autoritária, arbitrária e desrespeitosa com que a senhora se dirige a nós, sócios do CPERS! 

Ainda neste mesmo post, Helenir questiona: "Quem são esses que, ao receber as propostas elaboradas pelo Conselho geral, tomando como base o sentimento da maioria da base dos 42 núcleos, as rasgam e jogam para cima demonstrando total desrespeito com o que a categoria pensa e ao trabalho do Conselho Geral, que é uma instância do nosso sindicato?"  E eu lhe respondo da seguinte maneira:  são seres humanos que estavam cansados de tanta manobra. Pra começar a senhora desde o início até o fim fez de tudo, usando da velha burocracia sindical pra impedir a continuidade num discurso pra lá de duvidoso de "Greve Unificada", dizendo que se decretássemos a greve por tempo indeterminado estaríamos rompendo com este movimento, quando  encerrou a assembleia demonstrou que não liga a mínima pra quem está na rua dando a cara tapa! A revolta é fruto de uma imensa falta de sensibilidade com a vontade de quem está engajado em lutar. A senhora escolheu o peleguismo, a acomodação. Em qualquer sindicato a Assembleia Geral é a maior instância, estás equivocada quando toma como base de sua justificativa a vontade do Conselho Geral.  

A professora Helenir afirma o seguinte: "Sou do tempo onde respeitava - se as ideias contrárias e o diálogo era a forma de buscar soluções aos impasses.." A tua fala professora Helenir não condiz com a tua atitude nas assembleias que vi a senhora conduzindo.  A senhora quis me expulsar do Conselho Ampliado, me chamou de "professor nevosinho"  num tom de deboche e fala ainda em respeito as ideia contrarias?  Com todo o respeito, a sua fala é repleta de contradições e paradoxos,tanto quanto os furos de uma peneira. Eu não  votei na senhora, mas respeito o resultado das eleições de 2014, mas quero dizer-lhe que os seus atos não me representam.  Sejas mais respeitosa, dê o  exemplo, falas como esta "Somos educadores em qualquer espaço que estivermos, nunca devemos esquecer."  que insinuam que não são educadores quem lhe contraria não é democrática e nem tampouco plural. Este discurso petista de quem está do lado oposto é "golpista" já está vencido e superado. 

Queria muito puder falar com calma com a senhora, mas sempre que nos encontramos, sou recepcionado com um olhar atravessado ou com uma virada de cara!  Honestamente, professora falta mais comunicação e diálogo além do respeito das decisões da maioria.  Os mesmos que a senhora e seus colegas de ARTISIND acusam de "romper" com a unidade, são os que sempre estiveram em todos os atos que o CPERS convoca. Retire os membros de outras forças e verás o quão fraco ficarão os atos públicos do sindicato. 

Professora Helenir, o ato de virar as costas é sintomático, e se tiver a capacidade  reflexiva,  verá que é um sinal de que estás agredindo quem sempre está na luta, quem esteve tomando chuva nesta quarta e que só quer ser ouvida. 

Por fim, quero parabeniza-la pelo  fato de deixar adentrar as dependências do CPERS os colegas do Bloco de Lutas pela Educação, quero saudar a forma respeitosa do Sr. Veronezzi e lastimar o olhar debochado da vice-presidente Solange Carvalho.  E lembre-se, respeito a gente conquista com os nossos atos, vitórias legitimamos com o respeito aos adversários e sabedoria, conquistamos quando aprendemos a entender o outro sem uso de força (nisto estamos de acordo), mas quando estamos cientes de que somos agentes de condução e que as nossas posturas  são o reflexo claro de nossas ideias. 

Anexo (print do post da professora Helenir em sua página pessoal no Facebook)


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Uma homenagem a minha querida Alvorada


Feliz Aniversário minha querida Alvorada. De um povo tao sofrido, trabalhador e que sofre com as politicagens históricas. 

Mesmo diante de tantas dificuldades, esta terra estará sempre no meu coração e jamais te negarei! Vivi quase três décadas neste torrão, com muita honra. 

Hoje, relembrei muitas coisas que me fizeram sentir saudades. Padre Libanor, o Grupo Espírita Allan Kardec, as Conferencias em Educação no Período da Prefeita Stela Farias, o Projeto Raízes de Alvorada e o Lançamento do Livro Raízes que contou somente com um de seus ex-prefeitos, o Sr. Marne Feijó.  

Sao muitas histórias nesta terra, quero dizer que sinto orgulho de ti sempre Alvorada, Nunca me arrancaram este sentimento, Podem falar mal de ti, eu sempre te amarei.



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Chega de demagogia! Agora é hora da verdade sobre a Greve do Magistério no RS!!!


Os últimos dias foram os mais tristes dos 80 anos do CPERS Sindicato.  Os sucessivos erros de sua Direção Central desconstruiu a luta de homens e mulheres que deram a cara tapa na rua!  O que a presidente Helenir Aguiar  e a sua composição fez não pode jamais ser esquecido. O peleguismo travestido de "bom senso" rachou  e desmobiliou a categoria!  

O engodo de uma "Greve Unificada" fatiada demonstra a manipulação e burocracia de uma direção que deu às costas a  sua base! Que greve unificada é essa que tem um comando unificado e desconhecido pelos militantes de todos os sindicatos?  A Senhora Helenir  que sabe ofender tem que explicar isso!

Em nome de uma "Unificação" a Direção Central fez de tudo pra desmobiliar o Magistério Gaúcho.O Jogo de Cartas Marcadas foi exposto no Conselho Ampliado do CPERS Sindicato realizado nas dependências do Salão Social da Igreja Pompéia em Porto Alegre no dia 02 de setembro.  A manobra pra extinguir a greve foi deflagrada quando a Srª Helenir fez de tudo pra não ter Assembleia! Queria propor a sua realização no dia 25 de setembro, alegando que não havia espaço para se fazer e que a maioria dos núcleos não tinham aderido à greve por tempo indeterminado e que o melhor seria a greve por dias pontuais ( o que pra mim é paralisação)  em nome do Movimento Unificado!  Em processo de pra lá de duvidoso. Estive junto com os companheiros e mesmo com toda a manobra conseguimos a Assembleia para o dia 11 de setembro.

A Assembleia do Dia 11, que foi iniciada com a fala de presidentes de outros sindicatos, alguns respeitando a decisão da nossa categoria, outros tentando convencer-nos contra à greve por tempo indeterminado. O show de desatinos e de manipulações foi grande, primeiro pelo espaço muito pequeno, depois pelo fato de colegas tentarem entrar no local e sendo espancados por seguranças e depois  a instalação de um telão na parte externa e com a autorização de poderem votar, sendo que a própria Helenir afirmou que o Estatuto do CPERS obriga assembleias serem feitas em locais "fechados". 

As falas em defesa da chamada "GREVE UNIFICADA" foram a tônica do discurso "realista e racional" dos apoiadores da ARTISIND/CUT/PT (Corrente política ao qual a Direção Central do CPERS pertence). Como se a greve por tempo indeterminado não pudesse ter apoio dos demais servidores! Pra completar o drama uma votação pra lá de manobrada, em que era visível o desejo de uma greve por tempo indeterminado pra pressionar os deputados pra retirar os PL´s de Sartori contra os servidores públicos. Numa atitude anti-democrática nao houve a contagem de votos e a presidente encerrou a assembleia determinando ali o fim da greve. A gênese do conflito está na forma atrapalhada e desrespeitosa de Helenir, Solange e seus correligionários de corrente. O resto foi "noticiado" na grande imprensa.

Após o fatídico dia 11, foi a vez dos companheiros do Bloco de Lutas pela Educação que expuseram toda a indignação contra os atos golpistas ocorridos no Pepsi On Stage. Numa clara demonstração de desrespeito a vice-presidente Solange Carvalho faz um olhar debochado dos companheiros que enfrentaram os atos pelegos da Direção Central do CPERS!  



Agendado no cronograma o dia 15 de setembro foi marcado por atos de repúdio contra os PL´s de Sartori. Mais uma vez com grande garra foram trancadas tuas em torno da Assembléia. Ocupamos a rampa de acesso e a Praça da Matriz. como forma de pressão aos parlamentares.  Até que no Carro de Som, a presidente Helenir e outros presidentes de sindicatos pedem para que sejam liberados os acessos para que  os deputados se dirijam à Assembleia Legislativa.  O tal acordo foi firmado a portas fechadas o que gerou um clima de grande desconfiança. Cansados de tantas manobras sindicalistas se voltaram contra a decisão.  Mesmo com todas estas confusões saímos vitoriosos e a votação dos PL´s foi então adiada mais uma vez ( já que tinha sido adiada uma semana antes).

Na última hora foi convocada a categoria para estar presente   pressionando o Legislativo. Fomos muito bem recebidos com brets que nos impedia o acesso à Assembleia Legislativa o que gerou um a grande revolta! O dia 16 de setembro de 2015 entrará como a grande vitória do Peleguismo e do Governo Sartori contra os interesses dos trabalhadores. Sem acesso às galerias e nem no prédio do Parlamento, ficamos abaixo de chuva escoltados pelo POE da Brigada Militar e sabendo que os PL´s iao sendo votados. Quando saiu deputados da oposição e num showmiço de oportunismo falas "em defesa do servidor público foram realizadas". Num momento de grande desiquilíbrio a presidente Helenir faz uma votação de quem estava favorável ou nao contra o Pacote de Perversidade de Sartori. O que demonstrou o seu tom de deboche e aguçou ainda mais o sentimento de descontentamento contra à Direçao Central do CPERS Sindicato!  

A presidente Helenir, com todo o respeito,  fez o papel da personagem Ofélia do extinto Zorra Total. Inadmissível  isto!  Com todo o besterol que ouvi deu vontade de dizer "Cale a boca Ofélia!" Chega destes proselitismos e inverdades! Fora já ARTISIND do CPERS em defesa de nossa categoria!  Sai derrotado, mas consciente de meu dever cumprido!

O que esta direção quer é fazer uso do CPERS para manipular o Magistério e o Povo do RS à recondução do PT para o Piratini. Pra isso propõe o desgaste da Imagem do Governador Sartori e usando a categoria para isso. Não está compromissada com  as nossas demandas.  Para estes quando pior, melhor! Isso não pode ser aceito por nós jamais! Não podemos ser massa de manobra política mais uma vez! 


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Uma resposta à Direção Central do CPERS SIndicato


Entrega da carta repúdio à Direção Central do CPERS que manipulação da votação da não continuidade da greve realizada na Assembleia do dia 11 de setembro de 2015.

sábado, 12 de setembro de 2015

Carta Aberta aos Meus Alunos


Hoje (12 de setembro de 2015,  um dia lindo de sol, o meu coração está no meio de uma tempestade de tristeza, frustração e raiva!  As lembranças ainda latentes da  Assembléia Geral do CPERS Sindicato realizada ontem, me causam tudo isso! 

A minha volta a sala de aula é fruto de uma Direção Central Sindical que promove a política da manobra, que pode ser comparada à da Política do Café com Leite  Primeira República do Brasil (1889-1930)!  Eleições forjadas e o país na mão de gente desonesta!  Assim é que eu vejo a condução política da Direção da professora Helenir a frente do  CPERS. Não queria ficar paralisado até o final do ano, mas sim queria ter mais uma semana pra pressionar os deputados a não votarem os PLs que prevem a retirada de direitos históricos do Magistério e do Funcionalismo Público como um todo! 

Em nome de uma "falsa unificação", a Direção Central atropela a vontade da maioria! Manipula a votação. Não conta os votos dos que abstiveram e numa contagem pra lá de duvidosa encerra a greve dando às costas a categoria!  

A raiz da confusão instalada no final desta assembleia está aí. Desde o primeiro minuto até o fim a condução da mesa diretora foi da falta de respeito aos professores. Há de convir comigo que seja na sala de aula, um ato publico quem comanda tem que ter critérios de equilíbrio e imparcialidade, coisa que a senhora Helenir não demonstrou em nenhum momento! 

A intenção da corrente política da Direção Central do CPERS (ARTISIND/CUT/PT) é o de desgastar  o Governo José Ivo Sartori e usar o sindicato e consequentemente a categoria como massa de manobra pra isso, para que no futuro próximo possam estar loteando cargos de confiança (os chamados CC´s). Isso não me representou e nunca me representará!

Dia 14, eu voltarei vitorioso porque a  minha luta é justa e sem trapaças!  Porque como posso cobrar do  Governador honestidade se a direção do Sindicato engole a vontade da maioria de maneira tendenciosa e com manobras? Mas ao contrário da Direção do CPERS eu posso levantar a minha cabeça e seguir em frente, pois nao uso de trapaças! 

 Mantenho estas palavras
Como professor da falida Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul, sinto-me envergonhado. Percebo a falta de cultura política e sindical do Magistério Sulriograndense. No Estado "mais politizado" do país a categoria da educação é o retrato de que este rótulo é falacioso. 

Colegas que receberam os miseráveis 600 reais estão em sala de aula juntamente com alunos e direções que fingem não estar acontecendo nada! Eu quero estar trabalhando, mas não dá com as coisas que eu vejo, As escolas sem as verbas para as suas manutenções básicas. Falta até papel higiênico pra se ter uma ideia! Enquanto isso, não vão pra rua com medo de perder as suas férias. Eu pergunto para que férias se nem pro mais básico falta dinheiro?

Não faço greve por esporte! Sou grevista pois não aguento mais este sucateamento da escola. Vou pra rua na ânsia de sensibilizar a sociedade.

A Escola virou em última análise um crediário, um espaço recreativo e o antro de todas a hipocrisias! Quantos alunos que vão obrigados estão reclamando de serem prejudicados pela greve, estão de fato imbuídos de estudarem? Parem com isso! Quantas vezes eu tentei dar aula e os que são contra a greve atrapalham o andamento de meu trabalho?

Vou dar este recado diretamente a alguns de aos meus colegas que vivem dizendo que o CPERS não lhes representa, que estão na comoda situação de somente criticar, mas que na hora da luta, fogem! Fácil criticar, mas o que tu contribuiu pra mudar isto que te desagrada?
Pra mim é indigno entrar por 600 reais numa sala de aula, assim como é indigno calar-se com relação a precarização de nossas escolas. Mas cada um com a sua consciência! Sei que o CPERS acabou se afastando da base nos últimos anos, entretanto é hora de unir forças e queiram ou não é unica entidade que nos representa legalmente!
Podem me tirar o meu salário, a minha roupa, me torturarem mas nunca a minha dignidade! Obrigado mãe por me tornar este homem que sou! Hoje o que eu faço é seguir tudo aquilo que me ensinou e que hoje repasso aos meus alunos!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Até quando?



Como professor da falida Rede Pública Estadual do Rio Grande do Sul, sinto-me envergonhado. Percebo a falta de cultura política e sindical do Magistério Sulriograndense. No Estado "mais politizado" do país a categoria da educação é o retrato de que este rótulo é falacioso. 
Colegas que receberam os miseráveis 600 reais estão em sala de aula juntamente com alunos e direções que fingem não estar acontecendo nada! Eu quero estar trabalhando, mas não dá com as coisas que eu vejo,  As escolas sem as verbas para as suas manutenções básicas. Falta até papel higiênico pra se ter uma ideia!  Enquanto isso, não vão pra rua com medo de perder as suas férias. Eu pergunto para que férias se nem pro mais básico falta dinheiro?

Não faço greve  por esporte! Sou grevista pois não aguento mais este sucateamento da escola. Vou pra rua na ânsia de sensibilizar a sociedade.

A Escola virou em última análise um crediário, um espaço recreativo e o antro de todas a hipocrisias! Quantos alunos que vão obrigados estão reclamando de serem prejudicados  pela greve, estão de fato imbuídos de estudarem? Parem com isso! Quantas vezes eu tentei dar aula e os que são contra a greve atrapalham o andamento de meu trabalho? 

Vou dar este recado diretamente a alguns de aos meus colegas que vivem dizendo que o CPERS não lhes representa, que estão na comoda situação de somente criticar, mas que na hora da luta, fogem! Fácil criticar, mas o que tu contribuiu pra mudar isto que te desagrada?

Pra mim é indigno entrar por 600 reais numa sala de aula, assim como é indigno calar-se com relação a precarização de nossas escolas.  Mas cada um com a sua consciência!  Sei que o CPERS acabou se afastando da base nos últimos anos, entretanto é hora de unir forças e queiram ou não é unica entidade que nos representa legalmente! 

Eu, a minha realidade e os meus preceitos


Há historiadores que afirmam que os avanços da Humanidade são frutos de suas necessidades. Assim, a Escrita surgiu como forma de conter a necessidade de nominar as quantidades por exemplo. 

Estamos na primeira década do século XXI e eu pergunto a mim mesmo - Até quando estaremos presos em nosso individualismo?

Sim.  Estamos presos ao nosso egoismo e falsa sensação de amor próprio que o orgulho nos dá. Pra mim, enquanto o Eu for o universo de minha realidade estaremos fadados a infelicidade no pior sentido. Não falo do sentido filosófico que propôs o maior filosofo de todos os tempos, Sócrates. Aliás ele há 4 mil anos atrás trouxe o "eu" e já nos ensinava a necessidade de buscar em nós as origens dos males que vivemos. Quero falar no sentido menor do eu. O sentido da indiferença com a dor alheia, do desejo de ser servido e nunca servir, do jeitinho brasileiro e por aí  vai. 

A nossa realidade está sim atrelada aos nossos "preceitos". Somos cristãos e no entanto não seguimos o mais importante preceito que amar ao próximo como a si mesmo! Vivemos no Baile de Máscaras das futilidades e das celebridades, onde o ter e o parecer prevalecem. Hoje, a crise econômica que vivemos é fruto também deste preceito consumista e tem a nossa parcela nisto tudo. 

Enquanto eu votar no vereador porque ele vai asfaltar a minha rua (isso não é atribuição do vereador), aceitar o troco a mais e me silenciar e aceitar esta hipocrilandia deslavadamente será atual este pensamento de Rui Barbosa  “De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se de justiça e ter vergonha de ser honesto.”  E aí vamos nos silenciar até quando? 

Precisamos mudar os nossos preceitos urgentemente! Afinal de contas, enquanto o nosso universo for nosso umbigo e  as nossas mazelas forem os nossos gigantes, jamais avançaremos. Está certo que em termos de pensamento humano andamos com passos de formiga, parafraseando Lulu Santos. 

O comodismo é o mal de todos os séculos e principalmente do século XXI. Falar de corrupção, educação ou qualquer aspecto da vida humana sem refletir sobre os nossos preceitos é fazer um discuso mais do mesmo, é a reprodução da moral de cueca, é ser em última análise  A tua piscina tá cheia de ratos/Tuas ideias não correspondem aos fatos como poetizou Cazuza dando a grande lição de que  o tempo não para e de forma célere derruba em instantes tudo o que pensamos.

Sei que me estendi, mas é pra demonstrar que a vida é assim. Não adianta nos emburrarmos! É preciso saltar os nossos muros interiores e avançarmos nas nossas conquistas, buscando o ser (a nossa realização máxima) para não ser mais um numa multidão de falsos preceitos.